bibilly's Reviews (336)


this book has a great concept and i can't say the author didn't delivery it, especially regarding the format, in which all episodes of the reality show are narrated from the pov not just of its main star but also of media outlets, podcasts and twitter users. the plus size rep and the discussion of what it means to be a fat woman searching for love on national television felt pretty accurate as well.

however, the romance - and consequently the connections between the parties involved - were barely there (no tension, no banter, nothing). that's my main source of Feelings in a contemporary (actually i was expecting the greatest trope of all time: romance with plot), so i didn't grow any real attachment to the story and its characters. the fact that none of them conveyed the qualities with which they were described didn't help either (the mc really wanted me to believe she liked all the remaining men when only one of them had something resembling a personality). if it wasn't for that i could've easily ignored the extremely predictable twists and the mc's incoherence in the last 20% of the book.

tw: fatphobia, rape threats, cheating.

eu gosto de livros estranhos. e este é um livro estranho que discute a importância social, econômica, política e religiosa da morte. então eu gosto deste livro (apesar de ter levado séculos pra terminá-lo). gosto de como ele começa e principalmente de como ele termina.

so acho uma pena que para chegar no final ele tenha virado um romance hetero.

ainda pensando pensamentos, mas este livro merece uma nota muito maior que esse 3,8 do goodreads. so não dou 5 estrelas por conta da sequência cemitério > ferro-velho e porque ainda estou me perguntando o propósito de certas coisas. além disso, em alguns momentos pareceu que a escrita derraparia como no primeiro que li da autora (Assim Na Terra Como Embaixo da Terra), mas ela foi cirúrgica na maior parte do tempo sem deixar de transmitir o desgaste emocional da rotina numa distopia que pode estar acontecendo em qualquer lugar e ao mesmo tempo em lugar nenhum.

aqui não só a "escrita cinematográfica" é muito mais eficiente como o simbolismo e o comentário social são mais sutis e calculados em comparação com Assim na Terra. apesar de não provocar a mesma tensão e ansiedade, cada "cena" em Enterre Seus Mortos é crua, limpa e precisa. ainda há morte e sangue pra todo lado, mas poucos parágrafos ou sentenças contraproducentes (no sentido de tirar o impacto de algo estendendo-o com uma explicação didática ou divagação meia boca), então a ação nem faz muita falta, não quando até os cortes de câmera podem ser visualizados.

vale muito a pena, mesmo se você não curte livros pessimistas, até porque não são nem 150 páginas nessa terra esquecida por deus e sua cara-metade.

ps: não recomendo a sinopse enorme do goodreads, tudo que vc precisa é de tw's pra morte e afins, incluindo moedura de cadáveres de animais.

with this short story C.S. Pacat proves to be not just a master of subtext and characterization, but also a comedian. humour is an element present in the original trilogy, but in a more subtle way, given the tone of those books, so 25 pages of silliness written with that same precision speak volumes about Pacat's talent. another thing she's good at is making the most of a pov: Charls is just iconic, and it was great to see how much Damen and Laurent have changed each other through the eyes of someone who is completely oblivious to Damen's identity and knows nothing about their relationship beyond the rumours going around both kingdoms.

although there were plenty of delightful details regarding the main characters, I wanted more insight on the akielon slavery system, especially the political and social consequences of its ban by the new ruler. I don't think the kyros's would easily accept it, for example, and the freed people would need to be resocialized. all that under the recently established government of a society that sees the possession and use of slaves as a sign of power and virility. neither the final book nor the short stories I've read so far explained that, so I hope Pet will enlighten me, bc I could read a whole essay about it.

ps with spoiler: the aristocrat disguised as a farmer was a stretch, but I bet Laurent suspected it and, in part, that's why he invited him to travel with them.

eu tinha feito anotações no meu bloco de notas para organizar meus pensamentos sobre este livro, então aqui está

uma lista não muito breve de tudo que não me convenceu em cruel prince:

- toda a questão da crueldade dos féericos e seu mundo: meh. não sou a maior fã do tema e conheço pouquíssimo sobre, mas esperava mais. objetivamente eu entendo como pode ser um pesadelo viver ali, mas na maior parte do tempo não estava impressionada por nada daquilo.

- a autora tem que literalmente parar a história e fazer uma listinha pra nos convencer (ou tentar) da merda que os féericos fizeram a jude passar antes da cronologia do livro. o que nos leva ao

- bullying. o cruel de ‘cruel prince’ vem apenas disso. um grupinho estilo mean girls too much over the top. e depois ainda há uma "justificativa" para as ações de cardan, nossa regina george (nesse caso traumatizada e estragada por um lixo de família), que não só é questionável como revela que ele levaria fácil uma baita surra da jude (risos). o que não é algo ruim, veja bem, só esperava que ele fosse um tico mais... perigoso?

- a dinâmica familiar proposta é interessante, mas não é bem explorada (conferir tópico da listinha). nós sabemos qual a natureza da relação de jude e madoc, o pai que matou o verdadeiro pai, mas não temos muito mais da personalidade sanguinária dele.

- a quebra do laço entre as gêmeas em si foi uma ideia interessante, mas os meios para se chegar a ela foram soltos e “instantâneos” demais (apesar de se poder talvez considerar todas as diferenças entre as duas uma espécie de dica). e sério: que espécie de pessoa aceita fazer aquele joguinho tolo com a irmã sem ter a pura intenção de brincar com ela? mas taryn faz tudo aquilo por causa de um muleque traidor lol e, de novo, a personalidade dela pode ser usada como justificativa, mas não deixa de ser ridículo. o que nos leva ao

- locke. a grande motivação do cara foi querer drama. no começo parece que há algo a mais sobre ele. mas não. ele é apenas uma fadinha estúpida e obcecada.

- antes do livro chegar na parte que importa (dica: envolve jardan) temos o treinamento de jude como espiã, mas ele praticamente não é mostrado ao leitor, o que o torna pouco crível e impede que criamos um vínculo com a corte de sombras porque não vemos o vínculo entre ela e jude sendo estabelecido.

- o ritmo da história é falho também, porque ela passa muito tempo em coisas desinteressantes, principalmente em comparação com a segunda parte que é menor e mais legal. [apesar de uma dessas coisas "inúteis" ser a curta relação da jude com o locke, eu gostei de como isso mostrou algo da personalidade dela: apesar de inexperiente sexualmente, jude não é nenhuma sonsa facilmente impressionável por um rostinho bonito do sexo oposto.]

- a relação jardan também não tem muito chão pra se basear, e a justificativa ou tentativa de uma pro bullying dele com a menina é meio *cof* talvez muito *cof* problemática, mas a tensão sexual entre eles é boa demais para que eu me importe realmente com isso (talvez se considerarmos o cenário, as pessoas envolvidas e a superioridade que os féericos sentem em relação aos humanos toda aquela coisa de #odeiotequerer não seja tão inverossímil assim. em algum contemporâneo isso me irritaria mais).

- pena que a tensão sexual não entre mais em cena. na verdade me rendi a essa trilogia por causa de >uma< única cena lol. mas a culpa não é minha se holly black empenhou toda a sua capacidade nela (e talvez so nela).

uma lista realmente breve dos motivos de eu continuar a ler a trilogia:

- jude duarte. ela não é minha personagem favorita de todos os tempos, mas é muito humana, não só por ser praticamente o único indivíduo sem orelhas pontudas em meio a trocentas fadinhas embriagadas. jude é vulnerável e não admite essa vulnerabilidade para ninguém a não ser ela mesma (e aqui tenho que lembrar que escrevo isso depois de já ter lido wicked king). ela está sozinha enquanto luta sem parar por poder, mas não nega essa solidão; e isso faz dela uma protagonista muito relacionável para um livro de fantasia.

- jardan. porque sim, hehe.