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bibilly 's review for:
The Cruel Prince
by Holly Black
eu tinha feito anotações no meu bloco de notas para organizar meus pensamentos sobre este livro, então aqui está
uma lista não muito breve de tudo que não me convenceu em cruel prince:
- toda a questão da crueldade dos féericos e seu mundo: meh. não sou a maior fã do tema e conheço pouquíssimo sobre, mas esperava mais. objetivamente eu entendo como pode ser um pesadelo viver ali, mas na maior parte do tempo não estava impressionada por nada daquilo.
- a autora tem que literalmente parar a história e fazer uma listinha pra nos convencer (ou tentar) da merda que os féericos fizeram a jude passar antes da cronologia do livro. o que nos leva ao
- bullying. o cruel de ‘cruel prince’ vem apenas disso. um grupinho estilo mean girls too much over the top. e depois ainda há uma "justificativa" para as ações de cardan, nossa regina george (nesse caso traumatizada e estragada por um lixo de família), que não só é questionável como revela que ele levaria fácil uma baita surra da jude (risos). o que não é algo ruim, veja bem, só esperava que ele fosse um tico mais... perigoso?
- a dinâmica familiar proposta é interessante, mas não é bem explorada (conferir tópico da listinha). nós sabemos qual a natureza da relação de jude e madoc, o pai que matou o verdadeiro pai, mas não temos muito mais da personalidade sanguinária dele.
- a quebra do laço entre as gêmeas em si foi uma ideia interessante, mas os meios para se chegar a ela foram soltos e “instantâneos” demais (apesar de se poder talvez considerar todas as diferenças entre as duas uma espécie de dica). e sério: que espécie de pessoa aceita fazer aquele joguinho tolo com a irmã sem ter a pura intenção de brincar com ela? mas taryn faz tudo aquilo por causa de um muleque traidor lol e, de novo, a personalidade dela pode ser usada como justificativa, mas não deixa de ser ridículo. o que nos leva ao
- locke. a grande motivação do cara foi querer drama. no começo parece que há algo a mais sobre ele. mas não. ele é apenas uma fadinha estúpida e obcecada.
- antes do livro chegar na parte que importa (dica: envolve jardan) temos o treinamento de jude como espiã, mas ele praticamente não é mostrado ao leitor, o que o torna pouco crível e impede que criamos um vínculo com a corte de sombras porque não vemos o vínculo entre ela e jude sendo estabelecido.
- o ritmo da história é falho também, porque ela passa muito tempo em coisas desinteressantes, principalmente em comparação com a segunda parte que é menor e mais legal. [apesar de uma dessas coisas "inúteis" ser a curta relação da jude com o locke, eu gostei de como isso mostrou algo da personalidade dela: apesar de inexperiente sexualmente, jude não é nenhuma sonsa facilmente impressionável por um rostinho bonito do sexo oposto.]
- a relação jardan também não tem muito chão pra se basear, e a justificativa ou tentativa de uma pro bullying dele com a menina é meio *cof* talvez muito *cof* problemática, mas a tensão sexual entre eles é boa demais para que eu me importe realmente com isso (talvez se considerarmos o cenário, as pessoas envolvidas e a superioridade que os féericos sentem em relação aos humanos toda aquela coisa de #odeiotequerer não seja tão inverossímil assim. em algum contemporâneo isso me irritaria mais).
- pena que a tensão sexual não entre mais em cena. na verdade me rendi a essa trilogia por causa de >uma< única cena lol. mas a culpa não é minha se holly black empenhou toda a sua capacidade nela (e talvez so nela).
uma lista realmente breve dos motivos de eu continuar a ler a trilogia:
- jude duarte. ela não é minha personagem favorita de todos os tempos, mas é muito humana, não só por ser praticamente o único indivíduo sem orelhas pontudas em meio a trocentas fadinhas embriagadas. jude é vulnerável e não admite essa vulnerabilidade para ninguém a não ser ela mesma (e aqui tenho que lembrar que escrevo isso depois de já ter lido wicked king). ela está sozinha enquanto luta sem parar por poder, mas não nega essa solidão; e isso faz dela uma protagonista muito relacionável para um livro de fantasia.
- jardan. porque sim, hehe.
uma lista não muito breve de tudo que não me convenceu em cruel prince:
- toda a questão da crueldade dos féericos e seu mundo: meh. não sou a maior fã do tema e conheço pouquíssimo sobre, mas esperava mais. objetivamente eu entendo como pode ser um pesadelo viver ali, mas na maior parte do tempo não estava impressionada por nada daquilo.
- a autora tem que literalmente parar a história e fazer uma listinha pra nos convencer (ou tentar) da merda que os féericos fizeram a jude passar antes da cronologia do livro. o que nos leva ao
- bullying. o cruel de ‘cruel prince’ vem apenas disso. um grupinho estilo mean girls too much over the top. e depois ainda há uma "justificativa" para as ações de cardan, nossa regina george (nesse caso traumatizada e estragada por um lixo de família), que não só é questionável como revela que ele levaria fácil uma baita surra da jude (risos). o que não é algo ruim, veja bem, só esperava que ele fosse um tico mais... perigoso?
- a dinâmica familiar proposta é interessante, mas não é bem explorada (conferir tópico da listinha). nós sabemos qual a natureza da relação de jude e madoc, o pai que matou o verdadeiro pai, mas não temos muito mais da personalidade sanguinária dele.
- a quebra do laço entre as gêmeas em si foi uma ideia interessante, mas os meios para se chegar a ela foram soltos e “instantâneos” demais (apesar de se poder talvez considerar todas as diferenças entre as duas uma espécie de dica). e sério: que espécie de pessoa aceita fazer aquele joguinho tolo com a irmã sem ter a pura intenção de brincar com ela? mas taryn faz tudo aquilo por causa de um muleque traidor lol e, de novo, a personalidade dela pode ser usada como justificativa, mas não deixa de ser ridículo. o que nos leva ao
- locke. a grande motivação do cara foi querer drama. no começo parece que há algo a mais sobre ele. mas não. ele é apenas uma fadinha estúpida e obcecada.
- antes do livro chegar na parte que importa (dica: envolve jardan) temos o treinamento de jude como espiã, mas ele praticamente não é mostrado ao leitor, o que o torna pouco crível e impede que criamos um vínculo com a corte de sombras porque não vemos o vínculo entre ela e jude sendo estabelecido.
- o ritmo da história é falho também, porque ela passa muito tempo em coisas desinteressantes, principalmente em comparação com a segunda parte que é menor e mais legal. [apesar de uma dessas coisas "inúteis" ser a curta relação da jude com o locke, eu gostei de como isso mostrou algo da personalidade dela: apesar de inexperiente sexualmente, jude não é nenhuma sonsa facilmente impressionável por um rostinho bonito do sexo oposto.]
- a relação jardan também não tem muito chão pra se basear, e a justificativa ou tentativa de uma pro bullying dele com a menina é meio *cof* talvez muito *cof* problemática, mas a tensão sexual entre eles é boa demais para que eu me importe realmente com isso (talvez se considerarmos o cenário, as pessoas envolvidas e a superioridade que os féericos sentem em relação aos humanos toda aquela coisa de #odeiotequerer não seja tão inverossímil assim. em algum contemporâneo isso me irritaria mais).
- pena que a tensão sexual não entre mais em cena. na verdade me rendi a essa trilogia por causa de >uma< única cena lol. mas a culpa não é minha se holly black empenhou toda a sua capacidade nela (e talvez so nela).
uma lista realmente breve dos motivos de eu continuar a ler a trilogia:
- jude duarte. ela não é minha personagem favorita de todos os tempos, mas é muito humana, não só por ser praticamente o único indivíduo sem orelhas pontudas em meio a trocentas fadinhas embriagadas. jude é vulnerável e não admite essa vulnerabilidade para ninguém a não ser ela mesma (e aqui tenho que lembrar que escrevo isso depois de já ter lido wicked king). ela está sozinha enquanto luta sem parar por poder, mas não nega essa solidão; e isso faz dela uma protagonista muito relacionável para um livro de fantasia.
- jardan. porque sim, hehe.