fevi's Reviews (834)

Eu gostei, mas não amei. Apesar de ter adorado ter lido e amado praticamente todos os personagens, até mesmo o Hansu, eu fiquei um pouco frustrado com a narrativa e as passagens de tempo. É como se faltasse algo mais poderoso na narrativa, mais profundo. Acredito que as passagens de tempo e o não aprofundamento de certos momentos deixaram o livro um pouco mais fraco. Mas ainda assim foi uma leitura prazerosa e de aprendizado. Saga familiar me ganhar fácil demais. Vale super a pena. Fica a recomendação. 

Entre entendimentos e incertezas, identificações e desconfianças vou adquirindo o gosto pela leitura de poemas. Nem sempre é uma relação compreensiva, mas há sempre momentos encantadores. Para mim, os melhores poemas de Os trabalhos e as noites se encontram na terceira parte. 

O livro é tão curto que não chega a desenvolver as coisas de maneira interessante. É bem escrito, mas totalmente desprovido enredo que instigue o leitor. As referências ao mundo da música clássica não de nada me adiantaram porque não sei nada. É um livro fraquíssimo mesmo que a escrita seja agradável. Se a autora tivesse desenvolvido as relações talvez tivesse tornado a leitura e o livro mais interessantes. Não foi o caso. 

Do que li até agora de Woolf, eu particularmente, gostei mais dos ensaios. Eles são mais acessíveis, mais compreensíveis. São até mesmo mais bonitos. Não que a ficção difícil dela seja ruim, só é menos prazerosa. Mas ainda não desisti e quero ler alguns outros. Nesse coleção de ensaios os meus preferidos foram sobre a paixão da leitura, sobre a pintura e o cinema, sobre estar doente e o ensaio que dá título ao livro. São muito bons. Fica a recomendação. 

Eu só tenho amor por esse quadrinho. Arlindo conversa comigo de tantas maneiras que o sentimento aqui é maior que as cinco estrelas que eu dou nessa avaliação. São tantas coisas que eu nem sei, boto um sorriso no rosto e sigo vivendo com a esperança que essa HQ nos dá.

Acredito que quem acompanhou semanalmente as postagens no Twitter da @ilustralu talvez tenha um carinho maior e consegue entender a força dessa história. Toda semana à noite ficávamos esperando a página que seria postada atentos ao que aconteceria.

@ilustralu conseguiu nessas páginas construir um personagem incrível. Trouxe-nos inúmeros sentimentos a felicidade, a tristeza, a esperança, a raiva, a euforia. Conquistou-nos em amarelo e rosa. Soube ambientar extremamente bem um adolescente vivendo na década dos anos 2000. Soube conduzir muito bem a descoberta da sexualidade, os sentimentos: medos, alegrias e tantos outros.

Esse quadrinho só tem um erro: não ter mil páginas. Super recomendo. O quentinho que eu sinto quando a leio é algo que eu desejo para todo mundo. O sentimento de ser quem você é, de se sentir acolhido e ter esperança no futuro e sentir que coisas boas virão é essencial. Arlindo me trouxe tudo isso. Não tem como não amar. Obrigado por tudo, @ilustralu. 

Eu amo o quentinho que essa história traz para o coração. Adorei essa releitura. <3

Eu sinceramente não sei o que pensar dessa história. Talvez eu não tenha captado nem metade do que a autora quisera entregar. Há uma complexidade na narrativa lenta e que foca na construção de um personagem por diferentes perspectivas. É interessante, mas não é tão agradável e meio entediante. É complexo. Enfim, foi uma experiência. Mas recomendo quem já leu ir atrás da resenha do Nicolas Neves no canal las hojas muertas y otras hojas no youtube. 

A escrita da Lygia Fagundes Telles é maravilhosa. Eu gosto muito de como ela constrói os seus personagens e aprofunda neles o que é sentir e viver. Há muito disso nos contos. Curti bastante. 


Os meus contos preferidos foram:

Herbarium;
A Sauna;
Pomba Enamorada ou Uma História de Amor;
WM;
A Mão no Ombro;
Noturno Amarelo; 
A Consulta;
Seminário dos Ratos. 

Acho que o ponto forte do livro é a relação familiar. Não só sobre os laços, as saudades e os sentimentos, mas também o que deixamos de herança sentimental e de construção do passado. Aquilo que herdamos da nossa família irá nos influenciar de grande maneira. Conceição Evaristo conseguiu construir bem essa história sobre sentimentos e família. Além de incluir todos os problemas e dilemas das pessoas negras brasileiras. 

Eu curti bastante a leitura de Nada digo de ti, que em ti não veja. Mesmo a narrativa sendo rápida. O objetivo dela não é focar nas grandes descrições, mas sim nos acontecimentos. Ela narra um momento importante e já parte para outro momento. São momentos muito rápidos. Particularmente, eu gosto de coisas descritivas quando não ficam enjoativas. Apesar disso o livro não e a história em si não são ruins. A história é ágil e carrega um suspense legal mesmo eu tendo descoberto o enigma antes dele ser revelado. 

A livro é perpassado por inúmeras curiosidades e fatores históricos do período colonial no Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro e Minas Gerais. Eu amei essa parte. É muito boa mesmo. Outro fator que engrandeceu o livro foi a construção dos personagens lgbts. Eliana Alves Cruz conseguiu fazer uma representação maravilhosa sem cair em uma explicação chata. Ela deu voz e ações para mostrar a sexualidade desses personagens que é o mais importante. 

Enfim, o livro é gostoso de ser lido. É ágil, rápido, fácil de ler. O último capítulo que termina com um poema é simplesmente maravilhoso. Por sinal, esse livro tem todas os ingredientes para uma ótima novela das seis, Fica a recomendação.