fevi's Reviews (834)

A história de Você tem a vida inteira é uma excelente fonte de informação sobre HIV. Não tem como discordar. É interessante ver a forma como as informações sobre o vírus e tudo o que modifica ao redor da pessoa que vive com o HIV. Aqui, ainda que o preconceito exista, não é um enredo só com tristeza e sofrimento. Mas também de descoberta e entender que estar com HIV hoje não significa o fim da linha. O autor conseguiu informar e criar um enredo digno. Mas infelizmente não gostei como ele lidou para solucionar o crime que acontece. Seria, no meu entendimento, responsabilizar o personagem que cometeu o crime mesmo que a gente lesse sobre a solução. Pelo menos uma denúncia formal deveria ter sido feita. Nem sempre deixar de lado é a forma correta de lidar com as coisas. Ainda mais no mundo preconceituoso que a gente vive. Prisões nem sempre a forma de amenizar crimes, mas é necessário responsabilizar as pessoas e os seus graves delitos.

Enfim, Você tem a vida inteira é excelente no que se propõe ao falar sobre HIV de uma perspectiva menos assustadora e mais acolhedora. Uma excelente fonte de informação para jovens. 

É um livro com um tema pesado. A solidão, a depressão, a tristeza de ser e não ser uma pessoa percorre por essas páginas. É um livro com o qual me identifiquei um pouco. Não é uma narrativa para quem eu recomendaria para todo mundo. Ainda mais quem está em uma batalha com a depressão e com a própria existência. Apesar de não ter muito gráfico os questionamentos apresentados pelo personagem de alguma forma pode acarretar em pensamentos invasivos. Enfim, é um bom livro. Não é perfeito, mas vale a leitura. 

É um livro muito bem escrito e frenético. Mas ainda fico sem ter certeza qual era a intenção do autor com a obra. Denúncia? Reflexão? O texto não deixa claro. Há alguns pensamentos críticos ao longo do enredo. O certo é o que o livro mexeu comigo e me incomodou de várias maneiras. Inclusive algumas cenas presentes no final da história. Talvez tenha passado dos limites. Se bem que o exagero perpassa inúmeras situações descritas. Agora me resta refletir mais sobre tudo isso. 

Chove nos Campos da Cachoeira é um outro livro com aspecto de novela das seis. O que de certa maneira já é algo bem gostoso de ser e acompanhar. A meu ver Dalcídio Jurandir quis construir um livro em que o mais importante ali seriam as relações e as comunicações entre os personagens. Ele consegue fazer isso. Cria vilarejo no interior paraense com muitos personagens e vai narrando histórias que vão se entrelaçando. Todo mundo conhece todo mundo. Isso foi gostoso de acompanhar. No entanto, eu achei que faltou um enredo que apoiasse essas relações. Algo mais profundo. Os dois personagens mais presentes, Alfredo e Eutanázio, até possuem motivações mais concretas nessa história, mas não são desenvolvidas. Por causa disso em vários momentos o livro cai em um marasmo que atrapalha o andamento da história. O tédio bate com frequência. Se houvesse mais conflitos bem trabalhados envolvendo os outros personagens talvez ficasse mais interessante. Até existem, mas não foram tão bem trabalhados. Enfim, é um livro interessante que infelizmente possui deslizes. É claro que estamos falando de uma saga e talvez Jurandir tenha trabalhado melhor nos livros seguintes. Recomendo para quem quer sair do eixo Sudeste-Sul de literatura. 

Esse conto me quebrou. A instituição amores que não dão certo por medo é algo que machuca demais. Fiquei arrebatado. Vale a leitura. 

É um livro que começa bem e tem algumas partes interessantes sobre a personagem descobrindo as amarras de gêneros e sexualidade e tentando se entender com elas e também lidando com o fetiche e os vários desejos sexuais, mas depois meio que perde o sentido quando há envolvimento com outros personagens. Apesar de ter achado um leitura curiosa, eu queria ter gostado mais. Ainda assim valeu a pena.

Eu estava esperando mais sobre essa leitura. A parte sobre o passado chamou muito mais a minha atenção que a parte das pessoas já vivendo em um pós-apocalíptico. Só a partir da parte sobre o terminal que as coisas começaram a melhorar, mas aí já tinha sido uma leitura simples demais. Não é um livro perfeito e acho que a autora deixou muitas coisas na superfície, não conseguiu aprofundar de maneira significativa nos acontecimentos. Também faltou certa profundidade em alguns personagens que mereciam mais desenvolvimento, como o profeta, por exemplo. Enfim, é um livro fraco, mas que ganha certa simpatia quando passa um tanto depois da metade. 

Leitura super gostosa, divertida e com uma final super fofo sobre o relacionamento de mãe e filha durante várias fases da vida. Adorei conhecer esse lado contista da Margaret Atwood. Deixo a recomendação porque a leitura vale a pena. (: 

A escolha do narrador e foco narrativo conseguiram criar um personagem, Drácula, misterioso, no entanto, fez com que a história se tornasse entediante e embaçada. Infelizmente, mais uma vez, essa escolha fez com que uma grande história ficasse completamente perdida para mim. Apesar de bem escrita e tirando a primeira parte com os relatos do Jonathan sobre o castelo do conde o resto se torna maçante e poucas coisas agregam de forma a entreter o leitor. Uma pena já que o começo é bem instigante.

É diferente do que eu estava esperando. O autor apresenta alguns casos e a forma que ele trabalha/trabalhou com os seus pacientes sobre as questões que eles apresentavam. Há uma boa base sobre o reflexão da sociedade e tudo aquilo que nos afeta, mas estava esperando por algo menos superficial. Apesar disso tive alguns insights para refletir sobre a minha vivência.