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fevi's Reviews (834)
hopeful
informative
inspiring
reflective
medium-paced
Armadilha da identidade é um ótimo começo para quem quer entender o problema de nos reduzir somente às nossas identidades oprimidas. Existe um pano de fundo mais complexo que precisa ser pensado para além de identidades determinantes. O recorte desse livro é muito específico, mas ele traz uma linguagem e exemplos acessíveis para também podermos pensar a realidade brasileira.
Aprendi bastante e me abriu a mente de forma significativa. Saio com uma nova visão sobre o conceito de política identitária e suas nuances. Agora é ir atrás de novas leituras para entender ainda mais sobre esse tópico tão complexo.
Aprendi bastante e me abriu a mente de forma significativa. Saio com uma nova visão sobre o conceito de política identitária e suas nuances. Agora é ir atrás de novas leituras para entender ainda mais sobre esse tópico tão complexo.
challenging
informative
inspiring
reflective
slow-paced
Uma excelente obra para fazer refletir sobre o modo consumimos e refletimos a literatura. Se conseguimos ou não captar o que autores dizem ou deixam de dizer. É um grande exercício para olhar o mundo através da cultura imperialista e das suas consequências. Edward W. Said é bastante crítico com inúmeras obras, mas sem radicalismo. Não há aqui cancelamentos ou anacronismos. As reflexões e apontamentos sobre como o imperialismo reflete também nos meios culturais e influenciam pessoas são contundentes e perspicazes. O intuito é discutir o que as palavras construíram independente da índole do autor. Aprendi bastante com as críticas sobre nacionalismo e política identitária que são consequências apontadas por Said como extremismos da luta contra a dominação imperial. É um livro enriquecedor e cheio de aprendizado.
É uma boa pedida para quem gosta de clássicos e vê o poder da literatura como meio de refletir sobre a sociedade. As reflexões propostas por Said farão com que leitores examinem a literatura sobre uma nova perspectiva para além do entretenimento. Recomendadíssimo.
É uma boa pedida para quem gosta de clássicos e vê o poder da literatura como meio de refletir sobre a sociedade. As reflexões propostas por Said farão com que leitores examinem a literatura sobre uma nova perspectiva para além do entretenimento. Recomendadíssimo.
emotional
funny
hopeful
lighthearted
relaxing
sad
medium-paced
Plot or Character Driven:
Character
Strong character development:
Yes
Loveable characters:
Yes
Diverse cast of characters:
No
Flaws of characters a main focus:
No
O dia em que Selma sonhou com um ocapi é sem dúvida uma das leituras que mais me trouxe conforto esse ano. Não só pelo momento que estou passando, mas por mostrar o poder das relações. As inúmeras gotas de realismo mágico espalhado pela história e forma de narrar da autora faz com que tudo quase se torne lúdico. Apesar das tragédias e tristezas há espaço para o amor, o acolhimento, o companheirismo. Os personagens dessa pequena cidadezinha nos traz grandes lições sobre a vida. Com certeza uma das melhores leituras do ano. Recomendadíssimo. É um sopro de bem-estar.
Psicologia do Bolsonarismo: Por que tantas pessoas se curvam ao mito?
DID NOT FINISH: 7%
Passou a vontade de ler.
emotional
hopeful
informative
inspiring
lighthearted
reflective
relaxing
fast-paced
Uma história super interessante não só pelo evento em si, mas também pela trajetória e história da pessoa que acompanhamos a partir de determinado momento. Caso o final fosse diferente, eu teria morrido um tiquinho. Super recomendo.
emotional
hopeful
fast-paced
Strong character development:
Complicated
Loveable characters:
Yes
Diverse cast of characters:
Yes
Flaws of characters a main focus:
N/A
Fofo.
dark
emotional
funny
inspiring
reflective
sad
tense
fast-paced
Plot or Character Driven:
Character
Strong character development:
Yes
Loveable characters:
Yes
Diverse cast of characters:
Complicated
Flaws of characters a main focus:
Yes
O parque das irmãs magníficas é uma das melhores leituras do ano para mim. É impecável.
Em relatos sobre a sua vivência e de outras travestis com altas doses de realismo mágico, Camila Sosa Villada constrói um enredo que escancara de forma crua a vida travesti. Entramos em um mundo de exuberância que é carregado de muita dor, preconceitos e violência. Villada deixa claro que ser travesti é maravilhoso por mais doloroso que seja. Porque se afirmar e existir como travesti é ser realmente que ela é.
Lendo sobre a experiência de Villada com a prostituição e das outras travestis me atentei o quanto a vida das minorias se assemelham independentemente do lugar em que sobrevivem. Não pude deixar de relacionar O parque das irmãs magníficas com a série espanhola Veneno, que narra a vida da transexual La Veneno, e a peça Brenda Lee e o palácios das princesas, obra que encena momentos da vida da ativista transexual brasileira Brenda Lee. São determinadas pela sociedade rica, poderosa e também pelos preconceituosos o limbo para aqueles que não nascem de acordo com as regras vigentes. Esse é um ponto comum em todas as obras. Dessa forma as mulheres travestis e transexuais na maioria das vezes precisam viver da prostituição, sofrer humilhações, violências e mendigar pelo básico para sobreviverem. Não são consideradas humanas. São apenas aberrações que precisam ser extirpadas da sociedade por pessoas hipócritas que se denominam de bem.
A luta para viver é constante, mas toda vida travesti e transexual é marcada por dores. Os relatos de tantas outras personagens que exploram a vivência com familiares, a busca incessante por pertencimento e acolhimento. Apesar da constante batalha contra o medo há que perpassa todo o livro há também momentos bonitos e felizes. Muito deles estão relacionados com as relações de irmandade entre as travestis. Os momentos de união e ajudas umas para com as outras.
Essa autoficção que bebe do realismo mágico mostra de forma interessante a marginalização que impomos para corpos diferentes dos nossos. É uma obra que traz uma questão não só para refletir e/ou admirar, mas que precisa ser urgentemente transformada. Não podemos deixar que tantas outras vidas possam ser destruídas somente por não estarem em comunhão com o padrão aplicado. Um relato forte que precisamos tomar e transformar. Criar novas vidas e expectativas para vidas transexuais e travestis.
Recomendadíssimo.
Em relatos sobre a sua vivência e de outras travestis com altas doses de realismo mágico, Camila Sosa Villada constrói um enredo que escancara de forma crua a vida travesti. Entramos em um mundo de exuberância que é carregado de muita dor, preconceitos e violência. Villada deixa claro que ser travesti é maravilhoso por mais doloroso que seja. Porque se afirmar e existir como travesti é ser realmente que ela é.
Lendo sobre a experiência de Villada com a prostituição e das outras travestis me atentei o quanto a vida das minorias se assemelham independentemente do lugar em que sobrevivem. Não pude deixar de relacionar O parque das irmãs magníficas com a série espanhola Veneno, que narra a vida da transexual La Veneno, e a peça Brenda Lee e o palácios das princesas, obra que encena momentos da vida da ativista transexual brasileira Brenda Lee. São determinadas pela sociedade rica, poderosa e também pelos preconceituosos o limbo para aqueles que não nascem de acordo com as regras vigentes. Esse é um ponto comum em todas as obras. Dessa forma as mulheres travestis e transexuais na maioria das vezes precisam viver da prostituição, sofrer humilhações, violências e mendigar pelo básico para sobreviverem. Não são consideradas humanas. São apenas aberrações que precisam ser extirpadas da sociedade por pessoas hipócritas que se denominam de bem.
A luta para viver é constante, mas toda vida travesti e transexual é marcada por dores. Os relatos de tantas outras personagens que exploram a vivência com familiares, a busca incessante por pertencimento e acolhimento. Apesar da constante batalha contra o medo há que perpassa todo o livro há também momentos bonitos e felizes. Muito deles estão relacionados com as relações de irmandade entre as travestis. Os momentos de união e ajudas umas para com as outras.
Essa autoficção que bebe do realismo mágico mostra de forma interessante a marginalização que impomos para corpos diferentes dos nossos. É uma obra que traz uma questão não só para refletir e/ou admirar, mas que precisa ser urgentemente transformada. Não podemos deixar que tantas outras vidas possam ser destruídas somente por não estarem em comunhão com o padrão aplicado. Um relato forte que precisamos tomar e transformar. Criar novas vidas e expectativas para vidas transexuais e travestis.
Recomendadíssimo.
challenging
dark
emotional
mysterious
reflective
sad
tense
O corpo dela e outras farras é um livro de contos bastante consistente na sua proposta e robusto nas suas construções. Carmem Maria Machado consegue construir o estranho, o incômodo, o misterioso de forma bastante competente e que envolve o leitor. Os contos nem sempre dão respostas claras ou finais concretos, mas ela consegue trabalhar a existência feminina, suas perturbações e violências de forma primorosa. Pode causar estranheza e o enredo não agradar tanto em uma primeira leitura, mas é certeza que irá reverberar no futuro. A condição da mulher está ali refletida, mas não de forma didática. É um grande livro de estreia. Recomendado.
Os meus contos preferidos foram:
- O ponto do marido;
- Inventário;
- Especialmente hediondas;
- A residente.
Os meus contos preferidos foram:
- O ponto do marido;
- Inventário;
- Especialmente hediondas;
- A residente.
adventurous
slow-paced
Plot or Character Driven:
Character
Strong character development:
Yes
Loveable characters:
Yes
Diverse cast of characters:
No
Flaws of characters a main focus:
Yes
A escrita de Madeline Miller continua exuberante e fluida. Apesar de ter gostado mais de A Canção de Aquiles, Circe não deixa a desejar. É interessante seguir a jornada da titã, bruxa e feiticeira. A sua busca por reconhecimento, por amor e a sua transformação em fúria ao ser deixada de lado. É um livro que acontece muitas coisas. Os primeiros capítulos são um turbilhão e muito bons. Depois do exílio de Circe, que considero a segunda parte, as coisas começam a um pouco mais contemplativas. Mas ainda assim acontece muita coisa. Para mim, essa parte foi um pouco cansativa e em alguns momentos nem tão interessantes. Apesar disso acredito que Miller conseguiu fazer uma construção de personagem incrível. O pequeno último capítulo admirável. Gosto da construção do poder feminino de uma personagem que se sente excluída, não amada e não é perfeita. Tudo é construído em volta disso: nas imperfeições e na busca do autoconhecimento. Com certeza vale a leitura.
Apesar do aviso prévio da autora em afirmar que o livro não discutiria o assunto de forma acadêmica ou profunda, eu estava esperando algo mais completo. Não foi o que encontrei. Isso não faz do livro um produto horrível, mas o torna menos impactante.
A autora traz relatos pessoais e de outras pessoas, inclusive homens, para discutir as várias formas de estupros, como as vítimas são condicionadas a todo estresse e o desfecho. Tudo isso em uma linguagem acessível e de fácil compreensão. Não há ao longo do texto descrições explícitas, mas isso não interfere no impacto. Apesar de forte, não é uma leitura impossível.
Em alguns momentos a autora foca mais nos relatos que em uma discussão sobre o assunto. Isso também afetou na minha avaliação. Apesar disso tudo acredito que seria um bom livro para introduzir em discussões com adolescentes com apoio de um texto mais sério e profundo.
A autora traz relatos pessoais e de outras pessoas, inclusive homens, para discutir as várias formas de estupros, como as vítimas são condicionadas a todo estresse e o desfecho. Tudo isso em uma linguagem acessível e de fácil compreensão. Não há ao longo do texto descrições explícitas, mas isso não interfere no impacto. Apesar de forte, não é uma leitura impossível.
Em alguns momentos a autora foca mais nos relatos que em uma discussão sobre o assunto. Isso também afetou na minha avaliação. Apesar disso tudo acredito que seria um bom livro para introduzir em discussões com adolescentes com apoio de um texto mais sério e profundo.