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fevi's Reviews (834)
Antes de tudo tenho que dizer que o título desse livro tem um significado lindo e triste ao mesmo tempo.
Fique Comigo é um livro simples e super fácil de ler. É agradável. Talvez simples demais. Adebayo construiu um enredo que acaba te fisgando pelas reviravoltas e pelo sofrimento de uma mãe ao longo da leitura. A autora usa o recurso narrativo de vai e volta entre o presente e o passado.
Eu gostei da história, mas infelizmente a simplicidade do texto me incomodou. Outra parte que eu achei avulsa foi o contexto histórico inserido que não interferiu na história. Me pareceu que estava ali para encher espaço.
A história de Akin e Yejide tinha tudo para ser uma história de amor linda, mas aí um conjunto de decisões acabam transformando toda a história. E foram essas decisões que salvaram o livro pra mim. Tanto que quando ocorreu a maior reviravolta eu fiquei me questionando se aquilo era amor ou macho fazendo merda. Concluí que era macho fazendo merda grave acreditando que estava fazendo o melhor para a mulher amada. E foi uma merda devido a necessidade de ser viril, de ser o homem provedor. Isso tudo acabou gerando várias ondas de sofrimento durante vários anos. A falta de diálogo também culminou nos conflitos que seguram o livro. A nossa relação com os personagens vai de amor e ódio também de acordo com o andamento da história que se passa na Nigéria dos anos 80/90.
O sofrimento de Yejide em relação aos seus filhos e também a falta da sua mãe e bastante comovente e outro ponto positivo da história. Acho que nessa parte a autora consegue trabalhar bem.
O final do livro é bem bonito, mas não salva dos pecados ao longo da história. Mesmo assim recomendo. Pode ser que para você a relação com os personagens e todo o resto seja diferente e mais positiva.
Fique Comigo é um livro simples e super fácil de ler. É agradável. Talvez simples demais. Adebayo construiu um enredo que acaba te fisgando pelas reviravoltas e pelo sofrimento de uma mãe ao longo da leitura. A autora usa o recurso narrativo de vai e volta entre o presente e o passado.
Eu gostei da história, mas infelizmente a simplicidade do texto me incomodou. Outra parte que eu achei avulsa foi o contexto histórico inserido que não interferiu na história. Me pareceu que estava ali para encher espaço.
A história de Akin e Yejide tinha tudo para ser uma história de amor linda, mas aí um conjunto de decisões acabam transformando toda a história. E foram essas decisões que salvaram o livro pra mim. Tanto que quando ocorreu a maior reviravolta eu fiquei me questionando se aquilo era amor ou macho fazendo merda. Concluí que era macho fazendo merda grave acreditando que estava fazendo o melhor para a mulher amada. E foi uma merda devido a necessidade de ser viril, de ser o homem provedor. Isso tudo acabou gerando várias ondas de sofrimento durante vários anos. A falta de diálogo também culminou nos conflitos que seguram o livro. A nossa relação com os personagens vai de amor e ódio também de acordo com o andamento da história que se passa na Nigéria dos anos 80/90.
O sofrimento de Yejide em relação aos seus filhos e também a falta da sua mãe e bastante comovente e outro ponto positivo da história. Acho que nessa parte a autora consegue trabalhar bem.
O final do livro é bem bonito, mas não salva dos pecados ao longo da história. Mesmo assim recomendo. Pode ser que para você a relação com os personagens e todo o resto seja diferente e mais positiva.
Livros, especialmente de contos, não necessariamente precisam ter uma grande reviravolta para construir boas histórias. Nós, como leitores, precisamos compreender isso. Talvez procurando entender como é construído uma narrativa, personagens e outros pontos para não focar somente no ponto de virada do enredo.
Dito isto, acredito que esse é o caso de O assassinato de Margaret Thatcher. Os contos, em sua maioria, não possuem reviravoltas. O foco fica no enredo e na construção de personagens. Isso traz uma experiência nova. Nem sempre o conto é bom, mas costuma ser bem interessante.
Eu não achei o livro incrível, mas curti a escrita e a profundidade de alguns enredos.
Os meus contos preferidos foram:
Desculpe incomodar;
Vírgula;
Férias de inverno;
O coração para sem aviso;
O assassinato de Margaret Thatcher;
A escola de inglês.
Dito isto, acredito que esse é o caso de O assassinato de Margaret Thatcher. Os contos, em sua maioria, não possuem reviravoltas. O foco fica no enredo e na construção de personagens. Isso traz uma experiência nova. Nem sempre o conto é bom, mas costuma ser bem interessante.
Eu não achei o livro incrível, mas curti a escrita e a profundidade de alguns enredos.
Os meus contos preferidos foram:
Desculpe incomodar;
Vírgula;
Férias de inverno;
O coração para sem aviso;
O assassinato de Margaret Thatcher;
A escola de inglês.
O grande ponto positivo de ler uma coletânea de contos é descobrir novos autores e histórias variadas. Assim saímos do conforto das prováveis únicas histórias que consumimos. Essa coletânea apresentada por Socorro Acioli tem contos muitos bons e outros nem tantos. Apresenta muito sobre Fortaleza e o interior nordestino nem sempre focando nas mazelas ali presentes. Apesar de outras terem esse pano de fundo sobre a seca, o sofrimento e a luta dos nordestinos. É sempre bom lembrar que o Nordeste é somente isso. Por isso, acredito que a leitura vale a pena.
Meus contos preferidos foram:
Amor de Carnaval;
Loop;
O jardim de Itatira;
Rastro impossível;
Fio a fio;
O enigma do isolamento;
100 anos de seca e solidão;
A marca;
O pacto.
Meus contos preferidos foram:
Amor de Carnaval;
Loop;
O jardim de Itatira;
Rastro impossível;
Fio a fio;
O enigma do isolamento;
100 anos de seca e solidão;
A marca;
O pacto.
A escrita do Victor Almeida é uma gostosura. A história entre Liam e Miguel flui de uma maneira espetacular. É simples, mas extremamente apaixonante.
Indico a leitura. Você vai ler em uma sentada e adorar.
Indico a leitura. Você vai ler em uma sentada e adorar.
O Conto da deusa reconta o mito da criação do Japão. A história de amor entre Izanaki e Izanami. Para quem gosta de mitologia é um prato cheio. No entanto, não me conquistou muito.
Apesar disso gosto de como a autora trabalha a condição de mulher no mundo. Condição essa que é não muda mesmo se ela é uma deusa ou ser mortal. A alegoria na história monstra o quando mulheres são vistas como fracas, vingativas, postas como inferior. E mesmo que não estejam erradas a culpa é delas porque justamente são mulheres. Esse é um ponto que gostei me agradou bastante.
É um texto bastante soturno, sombrio. Não há reviravoltas, mas há momentos interessantes. É um texto simples e sem particularidades significativas. Apesar da mitologia interessante o texto se perde em história que não é muito forte.
Apesar disso gosto de como a autora trabalha a condição de mulher no mundo. Condição essa que é não muda mesmo se ela é uma deusa ou ser mortal. A alegoria na história monstra o quando mulheres são vistas como fracas, vingativas, postas como inferior. E mesmo que não estejam erradas a culpa é delas porque justamente são mulheres. Esse é um ponto que gostei me agradou bastante.
É um texto bastante soturno, sombrio. Não há reviravoltas, mas há momentos interessantes. É um texto simples e sem particularidades significativas. Apesar da mitologia interessante o texto se perde em história que não é muito forte.
A relação maternal entre Damaris e a cachorra Chirli em nada me afetou. Acredito que a forma direta de narrar de Pilar Quintana fez com que não me conectasse com a história. No entanto, ao ler sobre seus personagens não tem como ficar atento em como as vivências de personagens negros e periféricos da América Latina se assemelham. Seja na Colômbia ou no Brasil.
É uma narração concisa e direta. Talvez tenha sido interesse da autora mostrar que ali não cabia flexibilidade em uma vida tão simples. Não há tempo para a dureza da existência. As analogias à maternidade também não me conquistaram. Não acredito que o livro seja ruim, eu só não fui conquistado mesmo.
É uma narração concisa e direta. Talvez tenha sido interesse da autora mostrar que ali não cabia flexibilidade em uma vida tão simples. Não há tempo para a dureza da existência. As analogias à maternidade também não me conquistaram. Não acredito que o livro seja ruim, eu só não fui conquistado mesmo.
informative
reflective
Enquanto lia esse livro na parte sobre a ideologia do fascismo escrito por Mussolini só conseguia pensar que "o cão é muito bem articulado" e pode enganar facilmente quem não consegue discernir as coisas. Talvez seja por isso que o fascismo ascendeu tão rapidamente.
Lendo a parte escrita por Tróstki e analisando a atual conjuntura política brasileira o pensamento foi outro: "estamos fodidos e mal preparados caso haja um ascensão fascista brasileira mais violenta no governo bolsonarista". Pra mim, ela já acontece, mas de forma não tão declarada. Até porque ninguém irá admitir. A sensação é que estamos encurralados já que a justiça brasileira hiberna.
Lendo a parte escrita por Tróstki e analisando a atual conjuntura política brasileira o pensamento foi outro: "estamos fodidos e mal preparados caso haja um ascensão fascista brasileira mais violenta no governo bolsonarista". Pra mim, ela já acontece, mas de forma não tão declarada. Até porque ninguém irá admitir. A sensação é que estamos encurralados já que a justiça brasileira hiberna.
dark
Uma personagem forte que tinha tudo pra dar certo, mas deu mais ou menos.
Vera Dietz é uma personagem incrível. A A.S. King aborda temas fortes como machismo, abuso, violência e drogas de um jeito bem claro. Você percebe que está ali mesmo que não esteja tão explícito.
Fiquei contente em ver que assuntos como esses foram abordados "livros para adolescentes". É preciso conversar e alertar a todos sobre a maldade do mundo.
O livro é bom, a personagem é boa, mas a história é mal contada. No meu ponto de vista a autora enrolou demais. Acredito que o sobrenatural poderia ter sido dispensável.
Vera Dietz é uma personagem incrível. A A.S. King aborda temas fortes como machismo, abuso, violência e drogas de um jeito bem claro. Você percebe que está ali mesmo que não esteja tão explícito.
Fiquei contente em ver que assuntos como esses foram abordados "livros para adolescentes". É preciso conversar e alertar a todos sobre a maldade do mundo.
O livro é bom, a personagem é boa, mas a história é mal contada. No meu ponto de vista a autora enrolou demais. Acredito que o sobrenatural poderia ter sido dispensável.
funny
informative
reflective
sad
Asco é como se um cidadão de bem de classe média sentasse em um bar para conversar e resolvesse falar merda sobre o seu país de origem. Não há protagonista mais irritante. É um combo de inúmeros defeitos: racismo, classismo, soberba, misoginia. É preconceito para dar e vender.
No entanto, o livro é estupidamente bem escrito. É uma leitura que te afeta. Isso é excelente. O sarcasmo presente no texto é um brinde para quem gosta. Aliás, o texto é sobre El Salvador, mas poderia ser um compêndio sobre a América Latina. É uma excelente leitura. Recomendadíssimo.
No entanto, o livro é estupidamente bem escrito. É uma leitura que te afeta. Isso é excelente. O sarcasmo presente no texto é um brinde para quem gosta. Aliás, o texto é sobre El Salvador, mas poderia ser um compêndio sobre a América Latina. É uma excelente leitura. Recomendadíssimo.