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enbygojira's Reviews (815)


Maybe too self-helpy for my taste, but an enjoyable read nonetheless. One thing that I liked a lot is that it's aimed at writers and/or artists in general, and not one particular kind of artist.

Poder absoluto é diferente, acho, de qualquer coisa que li na ficção científica brasileira contemporânea ultimamente. Isso pode não querer dizer muita coisa, já que não sou grande especialista, mas fica a observação. O universo pós-apocalíptico criado na primeira publicação de Jean Gabriel Álamo é claramente bem pensado e, por mais que a luta contra o Sistema seja uma temática já batida hoje em dia, a história que encontramos aqui passa longe do "mais do mesmo". Gostei muito de alguns conceitos apresentados e de como a tecnologia foi usada ao longo da história; de como o autor conseguiu criar um mundo cyberpunk verossímil sem auxílio audiovisual — o que não é fácil, podem acreditar. Os personagens, ainda que majoritariamente masculinos — um problema mais ou menos pessoal meu, mas que não podia deixar de comentar —, são carismáticos, e eu até gostaria de ter visto mais de alguns deles.
SpoilerO último capítulo, com a Quorra voltando à vida, se vendo sozinha e refletindo sobre a situação atual da sociedade, é meu preferido no livro todo, com certeza.


Meu grande problema aqui foi o exagero explicativo, chegando ao ponto do didatismo em algumas passagens
Spoiler— a batalha final contra o Suserano, por exemplo, é quase uma aula
. Além de estar cheio de notas de rodapé muitas vezes desnecessárias, a própria narrativa traz várias explicações sobre situações e conceitos próprios do universo ficcional do Jean. Além disso, eu fiquei louco pensando em como o livro poderia se beneficiar de uma revisão ou editoração profissional — não digo pela ortografia nem nada assim, mas por questões de redação, mesmo.

No fim, o resultado é um livro promissor, que diverte, mas não mostra toda a capacidade que tenho certeza de que o autor tem.

Eu costumo dar três estrelas pra coletâneas assim, com vários autores. Não por nada, mas a qualidade e os estilos geralmente variam demais, e três estrelas são um ponto ali, mais ou menos no meio. Liked it. Esta coletânea, Qualquer clichê de amor, não foge muito disso: tem contos bacanas, outros mais medianos... e tem o último conto. O último conto, Quando gira o mundo, merece todas as estrelas.

Recomenda-se a leitura ao som das trilhas da Malhação do começo dos anos 2000, grandes marcos nas vidas de todos nós.

Westlich é uma coletânea interessante. São dois contos que não têm muito a ver entre si* — existe alguma semelhança na ambientação e no fato de que ambos são intitulados com nomes femininos, mas, na minha opinião, a coisa para por aí —, e a premissa acaba sendo mais legal do que a execução, o que é triste, mas a leitura ainda é válida.

Margareth, a mais fraca das duas histórias, acabou não me interessando tanto. O protagonista é um inventor e está inserido num mundo que me pareceu ser bem interessante, mas o que vemos mesmo é a paixão/atração que ele nutre pela personagem-título, que é gostosa, poderosa, sedutora etc. Já Thalita, por sua vez, me empolgou bem mais, me lembrando um pouco da Jerusalem's Lot do Stephen King (Alec vai me matar quando vir a comparação), até. Só fiquei um pouco confuso com a passagem de tempo...

* Não que precise haver uma ligação entre os dois contos, mas abri o livro com a impressão de que encontraria algo do tipo.

Parando para pensar, o melhor tipo de releitura é a rápida, que bate forte numa onda de pseudonostalgia e provoca tudo quanto é tipo de pensamento ao mesmo tempo. Até o dia em que o cão morreu continua uma leitura gostosa, curtinho como é, ainda mais na narrativa direta e sem travessões do Galera, mas dessa vez acabei refletindo mais sobre alguns aspectos do livro. É engraçado pensar que me peguei tendo (tenho certeza) alguns dos mesmos pensamentos que tive durante primeira leitura—mas minha memória é horrível, vai.

Não é meu preferido, mas continua sendo a recomendação principal pra quem quer conhecer o estilo do autor.