enbygojira's Reviews (815)


Esse livro foi uma montanha-russa deliciosa. Explico: montado a partir de entrevistas com 52 autores de ficção especulativa — alguns mais conhecidos; outros, menos —, A fantástica jornada do escritor no Brasil serve tanto como um choque de realidade quanto como uma fonte de esperança para quem o lê. Não se trata de um manual ou livro técnico. Não é um livro sobre escrita, mas sobre a profissão do escritor. Os entrevistados discutem experiências e inseguranças, prós e contras, e o resultado é um trabalho conduzido de forma primorosa, uma excelente apresentação para todos os interessados no ramo.

Meu contato anterior com os contos e com o blog da Lady Sybylla já havia me preparado para Deixe as estrelas falarem, uma história que pode muito bem agradar fãs de ficção científica mais "tradicional" e popular — com espaçonaves e personagens audaciosamente indo onde ninguém jamais esteve — ao mesmo tempo em que traz o ar fresco das obras contemporâneas do gênero. Ainda que eu tenha achado algumas partes muito explicadinhas, não dá para dizer que a história da capitã da Amaterasu não deixa um gosto de quero mais. É um livro bem bacana e tranquilo, que demorei para ler porque não tenho vergonha na cara, mas que é mais do que recomendado para quem quer passar uma tarde de boa em meio ao espaço sideral da capitã do Momentum Saga — e quem não quer?

Not exactly what I expected, but a quick, nice read overall. I do wish there had been more Mythology and less Pharaoh stuff, though.

Uma iniciativa excelente na ficção especulativa nacional, a Revista Mafagafo garante, logo de cara, uma leva de autores com estilos e experiências variadíssimos, e acaba proporcionando uma leitura rápida e pra lá de bacana. Não posso deixar de mencionar os dois contos que, até agora e na minha opinião, foram os destaques desse primeiro grupo: Tons de rosa, da Fernanda Castro, e Pé de coelho, do Eric Novello — que acontece no mesmo universo de Neon Azul e tá aí pra me mostrar que a vida dá voltas. Ainda temos três partes pela frente, porém, então vamo que vamo.