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fevi 's review for:
Noite em Caracas
by Karina Sainz Borgo
Noite em Caracas é um livro morto. Assim como a personagem apática que narra a história. Apesar da fluidez da escrita nada mais chama atenção. E quando chama é de forma negativa.
Adelaida começa a falar sobre a sua vida a partir da morte da mãe que morre de câncer em um país devastado. Entre o presente e lembranças ela conta sobre personagens ou momentos que não possuem profundidade, ou relevância para o contexto. Caracas está destruída, as pessoas passam fome e são perseguidas. E o causador disso tudo é o Fantasma do Comunismo.
Karina Sainz Borgo tenta tecer uma crítica ao governo de Hugo Chávez, mas ela não elabora nem aprofunda o contexto histórico. Acaba colocando a culpa do sofrimento da classe média nos revolucionários vermelhos, nos comunistas corruptos que deixam a população com fome. Não há nenhuma análise de como chegou tudo aquilo. Nem da influência internacional que ajudou a afundar a Venezuela em uma crise humanitária.
Está claro em todo o texto que Sainz Borgo não pretende analisar nada ali, ela apenas quer encontrar um culpado para servir de desculpas os atos horríveis da personagem principal. Com a desculpa de que precisa sobreviver naquele mundo infernal, Adelaida é capaz de agir de forma inescrupulosa para poder viver longe da sua terra natal. É um texto político, mas não é profundo ou coerente. Se fosse uma narrativa potente com críticas bem construídas em respeito aos momentos de crise passados pela Venezuela, com certeza, teria o meu apontamento destacando. Mas é só um delírio subserviente da classe média acreditando que o comunismo e marxismo acabaram com a história de um povo e que a Europa é um reino encantando.
Não recomendo por ser fraco na sua construção de personagens e contextos históricos e políticos já que aparentemente era isso que a autora gostaria de criticar. No entanto, se você acredita que comunismo assola e assombra os países da América Latina esse é um prato cheio, uma ficção de primeira.
Adelaida começa a falar sobre a sua vida a partir da morte da mãe que morre de câncer em um país devastado. Entre o presente e lembranças ela conta sobre personagens ou momentos que não possuem profundidade, ou relevância para o contexto. Caracas está destruída, as pessoas passam fome e são perseguidas. E o causador disso tudo é o Fantasma do Comunismo.
Karina Sainz Borgo tenta tecer uma crítica ao governo de Hugo Chávez, mas ela não elabora nem aprofunda o contexto histórico. Acaba colocando a culpa do sofrimento da classe média nos revolucionários vermelhos, nos comunistas corruptos que deixam a população com fome. Não há nenhuma análise de como chegou tudo aquilo. Nem da influência internacional que ajudou a afundar a Venezuela em uma crise humanitária.
Está claro em todo o texto que Sainz Borgo não pretende analisar nada ali, ela apenas quer encontrar um culpado para servir de desculpas os atos horríveis da personagem principal. Com a desculpa de que precisa sobreviver naquele mundo infernal, Adelaida é capaz de agir de forma inescrupulosa para poder viver longe da sua terra natal. É um texto político, mas não é profundo ou coerente. Se fosse uma narrativa potente com críticas bem construídas em respeito aos momentos de crise passados pela Venezuela, com certeza, teria o meu apontamento destacando. Mas é só um delírio subserviente da classe média acreditando que o comunismo e marxismo acabaram com a história de um povo e que a Europa é um reino encantando.
Não recomendo por ser fraco na sua construção de personagens e contextos históricos e políticos já que aparentemente era isso que a autora gostaria de criticar. No entanto, se você acredita que comunismo assola e assombra os países da América Latina esse é um prato cheio, uma ficção de primeira.