infelizmente o único melodrama rimado que eu gosto é aquele da lorde. tem uns trechos bem bons, me identifiquei bastante, mas chegou um momento que cada acerto era seguido de cinco reviradas de olho, a maioria durante os poemas. sem contar que ela pesquisou o paradeiro de todo mundo na internet, só não o dos próprios pais??? meses de terapia paga sei lá como, e nada da família aparentemente saudável e inofensiva. a querida precisou que a namorada — que a amava o suficiente pra perdoá-la, mas não pra salvar o contato dos sogros — ouvisse por acaso um anúncio no rádio. tudo bem que 2019 é pré pandemia, mas não tão pré assim. e um problema mais meu: como uma mulher que cresceu como uma garota pobre e triste, dificilmente consigo sentir pena de quem tem rede de apoio e condição financeira pra procurar ajuda, tanto que parei de curtir a leitura assim que foi revelado que ela tem os dois. like girrrrl. não que eu fosse perdoar o melodrama pseudo poético se ela fosse uma perdedora de verdade, mas eu poderia ter tentado. inclusive, é dito que ela fez terapia por anos antes da cronologia da história, mas não o porquê. mesmo assim, a personagem demonstra choque com a necessidade de ter que tomar remédios depois de sumir por um ano e ainda tentar suicídio. enfim, continuei lendo devido ao "mistério" da causa da fuga, e de novo foi difícil levar a sério, mesmo que o livro seja baseado na experiência da autora. verídico ou não, não foi transposto da melhor forma. ou talvez minha adolescência tenha me dado uma casca grossa demais.