"o diferente tem vocação para partir."

uma pérola no kindle unlimited que levei um mês para terminar —o que não é necessariamente culpa dela, e sim uma possível explicação para as três (quatro?) estrelas. este não é um livro para ser lido de forma espassada. não por uma questão de ritmo ou tamanho. também. mas principalmente porque a narrativa se desenrola como um sonho, e o sonho é um dos muitos símbolos utilizados ao longo dela, numa autorreferenciação que pode ser bem exigente neste eterno pós pandemia. o engraçado é que a pandemia tb se faz presente aqui, como um pesadelo que corremos para esquecer ao acordar. não ajuda o fato de eu achar que a grande amizade prometida na sinopse deveria ser um romance gay, ou de a dita amizade tb parecer um sonho nebuloso e incompleto. um enredo único, quase mágico. talvez mágico demais. prematuro. sinto que acordei duas horas antes do final do ciclo do sono prestes a compreender algo muito importante do qual já não me lembro mais.

"e cuidado para não esquecer. o problema é que, depois de um tempo, todo mundo esquece, daí o passado se aproveita e nunca acaba."